15 outubro 2009

O início da TV

A TV Na Década de 50

Inaugurada em 18 de setembro de 1950 com Assis Chateubriand, o Chato, fundador da TV Tupi canal 3. televisão teve seus primeiros anos marcados pela fase de aprendizagem, tanto técnica quanto artisticamente. Os recursos eram primários. Usavam-se equipamentos mínimos suficientes para manter a estação no ar e a maior parte dos profissionais trabalhava de acordo com os conhecimentos que haviam adquirido no rádio, cinema ou teatro.

Chatô, fundador da TV TupiA produção dos programas ao vivo dependia de uma série de procedimentos complexos num ambiente ainda despreparado. Os estúdios das emissoras eram pequenos para comportar equipamentos, cenários e elenco. As câmeras são descritas como grandes e pesadas, com uma torre de lentes em cima de um tripé, com mais de um metro de abertura, ligadas à fonte de energia por um cabo de polegada e meia. Requeria um homem com a tarefa especial de segurá-lo durante seus deslocamentos, o caboman. A produção para televisão exigia procedimentos técnicos difíceis, com muitos  cenários e passagens de tempo. O mais complicado era dimensionar e estruturar o roteiro dos cenários, porque se trabalhava com três câmeras e dois pontos.
Mesmo nessas condições, o veículo foi se impondo e se expandindo. Em 1953, já existiam mais quatro emissoras, duas no Rio de Janeiro (RJ) e duas outras em São Paulo (SP). Embora longe de ter encontrado uma linguagem televisiva, São Paulo, nesta ocasião, era considerado o melhor centro produtor.

Mais tarde, foi introduzido na televisão o video tape, processo de gravação de som e imagem em fita magnética. Já conhecido desde 1957, só em 1960 passou a ser utilizado sistematicamente, tendo comprovada sua praticidade. Esse processo de gravação permitiu que as fitas dos programas fossem copiadas e enviadas para outros centros televisivos brasileiros. O video tape iria iniciar a fase de industrialização do programa de televisão e propiciar a inauguração de mais 27 emissoras pelo país. Sedimentava-se o eixo São Paulo-Rio de Janeiro como centro produtor. Eram enviadas 80% de suas atrações: shows, humorismo, dramaturgia ou reportagens jornalísticas, em video, às outras emissoras.

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