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Mercúrio Filmes
A TV Na Década de 50
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Inaugurada em 18 de setembro de 1950 com Assis Chateubriand, o Chato, fundador da TV Tupi canal 3. televisão teve seus primeiros anos marcados pela fase de aprendizagem, tanto técnica quanto artisticamente. Os recursos eram primários. Usavam-se equipamentos mínimos suficientes para manter a estação no ar e a maior parte dos profissionais trabalhava de acordo com os conhecimentos que haviam adquirido no rádio, cinema ou teatro.

A produção dos programas ao vivo dependia de uma série de procedimentos complexos num ambiente ainda despreparado. Os estúdios das emissoras eram pequenos para comportar equipamentos, cenários e elenco. As câmeras são descritas como grandes e pesadas, com uma torre de lentes em cima de um tripé, com mais de um metro de abertura, ligadas à fonte de energia por um cabo de polegada e meia. Requeria um homem com a tarefa especial de segurá-lo durante seus deslocamentos, o caboman. A produção para televisão exigia procedimentos técnicos difíceis, com muitos cenários e passagens de tempo. O mais complicado era dimensionar e estruturar o roteiro dos cenários, porque se trabalhava com três câmeras e dois pontos.
Mesmo nessas condições, o veículo foi se impondo e se expandindo. Em 1953, já existiam mais quatro emissoras, duas no Rio de Janeiro (RJ) e duas outras em São Paulo (SP). Embora longe de ter encontrado uma linguagem televisiva, São Paulo, nesta ocasião, era considerado o melhor centro produtor.
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Mais tarde, foi introduzido na televisão o video tape, processo de gravação de som e imagem em fita magnética. Já conhecido desde 1957, só em 1960 passou a ser utilizado sistematicamente, tendo comprovada sua praticidade. Esse processo de gravação permitiu que as fitas dos programas fossem copiadas e enviadas para outros centros televisivos brasileiros. O video tape iria iniciar a fase de industrialização do programa de televisão e propiciar a inauguração de mais 27 emissoras pelo país. Sedimentava-se o eixo São Paulo-Rio de Janeiro como centro produtor. Eram enviadas 80% de suas atrações: shows, humorismo, dramaturgia ou reportagens jornalísticas, em video, às outras emissoras.
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